BODY POSITIVE AJUDA A COMBATER ANOREXIA E BULIMIA

por Guido Boabaid
12/04/2023 02/04/2024

O movimento Body Positive (Corpo Positivo, em tradução livre) é um aliado no combate à anorexia e bulimia, especialmente na era digital. Esses transtornos alimentares e de autoimagem são resultados da busca desenfreada para fazer parte de um padrão de beleza rigoroso. Entretanto, a disseminação das ideias do body positive têm contribuído para que muitas mulheres se libertem das amarras da idealização de um corpo perfeito.

ideal estético apresentado pelas revistas, televisão e cinema é historicamente de um corpo magro, sem estrias ou celulites. Essa foi durante muito tempo a referência de beleza para mulheres. Portanto, desde a infância, as meninas sentiam a pressão social para encaixar-se nesse padrão.

Mas é a adolescência que costuma ser a fase mais crítica para a relação com o corpo e que muitas meninas desenvolvem transtornos alimentares. Nos Estados Unidos, por exemplo, a estimativa é de que a anorexia atinge índices entre 2% e 5% das adolescentes, enquanto que a bulimia afeta 1% das mulheres jovens. No Brasil não há dados atuais sobre os distúrbios alimentares.

Com a internet, mulheres de todos os tipos de corpos ganham protagonismo e geram representatividade. Entre elas, muitas adeptas do Body Positive. Assim,mulheres que aprenderam a ter uma visão positiva sobre o seu corpo, driblando a pressão estética e gordofobia.

Diversas criadoras de conteúdo compartilham sua trajetória em busca do amor-próprio e influenciam positivamente o público. O movimento já ganhou força e repercute em mudanças na mídia tradicional. Por exemplo, é cada vez mais comum ver personalidades plus size em capas de revistas. Outro reflexo foi o reposicionamento da marca Barbie, que precisou rever seus produtos para se alinhar com os valores atuais e acrescentou modelos com diferentes corpos.

Como surgiu o Body Positive

Body Positive é um movimento que busca promover a autoaceitação e amor-próprio. A sua primeira onda aconteceu em 1967, em Nova Iorque, com uma campanha contra a discriminação pública de pessoas obesas e pela luta por seus direitos. Mais tarde, passou a exigir também o respeito por pessoas com deficiências, cicatrizes, queimaduras, transgêneros, entre outras características fora do padrão estético.

Assim, o objetivo é quebrar a ideia de que existe beleza apenas em um tipo de corpo. Com isso, cada vez mais as pessoas conseguirão enxergar sua própria beleza.

Transtorno Alimentares

padrão de beleza quase inalcançável é um dos principais motivos que levam ao desenvolvimento de transtornos alimentares como anorexia e bulimia. Essas doenças atingem predominantemente o sexo feminino, entre 12 e 18 anos. Além disso, durante essa fase, as meninas enfrentam as transformações hormonais, além da busca por sua identidade própria e aceitação social.

Transtornos alimentares: o que é anorexia

A anorexia é um distúrbio que surge de uma obsessão por emagrecer, fazendo com que a pessoa tenha uma distorção de sua própria imagem. Por mais que emagreça, ela seguirá acreditando que precisa perder mais peso.

É comum a prática de dietas extremas e exercícios físicos excessivos. Como consequência, a pessoa com anorexia pode ter desmaios e até mesmo chegar à desnutrição.

Transtornos alimentares: o que é bulimia

Assim como a anorexia, a bulimia acontece em decorrência de uma busca exagerada por emagrecimento. Entretanto, pode trazer consequências ainda mais severas à saúde.

A pessoa bulímica pode forçar até três vômitos por dia, acarretando em problemas na garganta e intestino. Além disso, é comum fazer uso de laxantes. Outros sintomas são a perda brusca de peso, falta de menstruação e enfraquecimento da imunidade.

Transtornos alimentares associados à ansiedade e depressão

Além da relação com o corpo, a anorexia e bulimia podem estar associadas à ansiedade e depressão.

No caso de quem sofre transtorno de ansiedade, a pessoa pode buscar a comida como válvula de escape durante as crises. Após episódios em que come de forma compulsiva, ela sente-se culpada e acaba forçando o vômito.

Já quando se trata de depressão existem dois cenários: em um deles a pessoa tem depressão e desenvolve o transtorno em consequência de problemas com a autoestima; de outro lado, a pessoa com bulimia ou anorexia pode acabar se isolando e focando na culpa em relação a comida e ao corpo, levando à depressão.

Tratamento

Independente do caso, é essencial a busca por tratamento. O ideal é combinar a psicoterapia, que dará suporte para o paciente lidar com suas angústias, e o uso de medicamentos.

Por se tratar de situações em que a saúde física e mental estão comprometidas, é importante que o tratamento medicamentoso seja mais rápido e com menos riscos colaterais. Portanto, o teste farmacogenético pode ser um grande aliado.

Esse exame realiza uma análise de como os genes do paciente tendem a interferir na resposta, metabolismo e toxicidade dos medicamentos. Com isso, auxilia o médico para uma prescrição mais assertiva e segura.

Saiba mais sobre o teste aqui.

Para se inspirar: Elas aderiram ao Body Positive

Alexandra Gurgel

Body Positive é um dos principais temas abordados por Alexandra Gurgel em seu conteúdo na internet. A influenciadora já falou sobre a relação difícil que tinha com o seu corpo e os episódios de depressão. Hoje em dia, tenta incentivar outras pessoas a olharem com mais carinho para si mesmas, seja em vídeos ou posts do Instagram.

Em uma das séries de seu canal, une-se a Bernardo Boëchat, do canal Bernardo Fala, para falar do movimento Body Positive.

https://youtube.com/watch?v=U-R8DslWtKA%3Fenablejsapi%3D1%26origin%3Dhttps%253A%252F%252Fgntech.med.br

Dora Figueiredo

A influenciadora já compartilhou diversos vídeos e fotos falando sobre os problemas de autoimagem que enfrentou e sua luta contra a depressão. Cada vez mais, ela busca promover o empoderamento feminino e aceitação do próprio corpo.

Luiza Junqueira

Com o canal do YouTube Tá Querida, Luiza Junqueira tornou-se conhecida na internet por seus vídeos incentivando o amor-próprio e body positive. Mas nem sempre foi assim. Ela já viveu uma fase de dietas loucas, compulsão alimentar e ódio ao próprio corpo. Hoje consegue ser inspiração para muitas meninas amarem suas próprias curvas.

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