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Covid-19: Prevenção, diagnóstico e como tratar
Máscara, álcool gel e evitar aglomeração. Com quase um ano de pandemia, a população precisou encontrar formas de seguir com a vida em meio aos casos de covid-19.
O início da vacinação no Brasil dá uma nova esperança de retomar o “antigo normal”, mas ainda há um longo caminho até que a maior parte da população esteja protegida contra o coronavírus (Sars-CoV-2). Sendo assim, é importante evitar ao máximo o risco de contaminação, saber identificar os sintomas e o que fazer em um caso de suspeita de Covid-19.
Lugares que oferecem maior e menor risco de contrair covid-19
As medidas de isolamento social são bastante flexíveis no Brasil, em comparação com outros países. Com comércio, academias, restaurantes e outros espaços públicos abertos, é preciso entender quais lugares oferecem um maior risco de contágio do coronavírus.
A hipótese de que basta manter dois metros de distância de qualquer pessoa já foi eliminada. O Journal of Infections Diseases (IJID) publicou uma revisão sobre o Sars-CoV-2 que indica que oito em cada dez estudos apontam que o vírus supera essa distância.
Quando a pessoa contaminada respira, fala, canta, tosse ou espirra, forma-se uma nuvem de gotículas a partir do ar exalado que pode conter cópias do vírus. Essas gotículas podem se espalhar pelo ambiente em uma velocidade mais rápida do que o fluxo de ar. É por isso que, em espaços com pouca ventilação e aglomeração, além da ausência de máscara, tornam o risco de pegar covid-19 muito grande.
Pesquisadores criaram uma tabela de risco para indicar qual o nível de exposição à doença em diferentes situações e ambientes. A tabela considera pessoas assintomáticas, tendo em vista que pessoas com sintomas emitem mais partículas virais e não devem ficar em contato com os demais.
Segundo a publicação, com pouca aglomeração de pessoas, usando máscaras em ambientes ao ar livre ou com boa ventilação, o risco de contrair covid-19 é muito baixo. Em um ambiente fechado, mas com boa ventilação, pode haver ainda um baixo nível de exposição caso a pessoa esteja com a máscara. Isso mostra a importância da proteção em todas as situações.
À medida que aumenta o número de pessoas e diminui a ventilação, o risco de contaminação por coronavírus aumenta. Em um lugar com muitas pessoas e pouca circulação de ar, nem mesmo a máscara conseguirá oferecer uma boa proteção.
As principais recomendações para não contrair o vírus são:
- Evitar aglomerações;
- Dar preferências a lugares abertos ou bem ventilados;
- Usar sempre máscara.
Como identificar os sintomas de COVID-19
Os sintomas de covid-19 costumam aparecer após 5 ou 6 dias depois de ser infectado com o vírus. Porém, essa janela pode ser de até 14 dias.
Por se tratar de uma doença respiratória, muitos dos sintomas podem ser confundidos com o de uma gripe, resfriado ou sinusite. Então, é aconselhado que você se mantenha atento aos sinais, especialmente se nos últimos dias esteve em uma situação de risco de contaminação.
Sintomas mais comuns:
- Febre;
- Tosse seca;
- Cansaço.
Sintomas menos comuns:
- Dores e desconfortos;
- Dor de garganta;
- Diarreia;
- Conjuntivite;
- Dor de cabeça;
- Perda de paladar ou olfato;
- Erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés.
Sintomas graves:
- Dificuldade de respirar ou falta de ar;
- Dor ou pressão no peito;
- Perda de fala ou movimento.
Pessoas mais jovens e crianças costumam ter apenas os sintomas mais comuns. Já em casos de idosos, pessoas com doenças cardíacas, diabetes e problemas respiratórios crônicos, as complicações podem ser mais sérias.
Entenda mais sobre a contaminação e o desenvolvimento dos sintomas de covid-19 com o vídeo de Átila Iamarino, biólogo e pesquisador brasileiro, formado em microbiologia e doutor em virologia:
O que fazer em caso de sintomas de Covid-19?
A recomendação do Ministério da Saúde é para que quem apresentar sintomas relacionados à covid-19 procure assistência médica, ainda que sejam leves.
No SUS, é possível recorrer às UBSs (Unidades Básicas de Saúde), em quadros de sintomas mais leves, e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), em casos mais graves. Em algumas cidades, a triagem de pacientes com suspeita de contaminação por Sars-CoV-2 é realizada em unidades específicas, sendo indicado verificar como se dá o atendimento na sua região.
No sistema privado, algumas clínicas já disponibilizam um atendimento personalizado para casos de covid-19, com equipes especializadas.
Um dos primeiros passos é fazer o teste de covid-19 para confirmar o diagnóstico. Há dois tipos de teste:
Teste RT-PCR
Esse teste de covid-19 é indicado para casos entre o 3º e 7º dia de sintomas. É considerado “padrão ouro”, identificando o Sars-CoV-2 quando a pessoa está infectada. O RT-PCR é feito a partir da coleta de material com um swab inserido no nariz ou na garganta.
Teste rápido de antígeno
Esse teste tem o objetivo auxiliar no diagnóstico precoce da infecção por SARS-CoV-2 em pacientes com sintomas, com o intuito de identificar casos e evitar o agravamento. Também é feito a partir da coleta de material com um swab inserido no nariz ou na garganta.
Testes rápidos de sorologia (anticorpos)
Indicado para saber se a pessoa já esteve em contato com o vírus, esse teste de covid-19 tem mais efetividade a partir do 8º dia de sintomas. O teste detecta a presença dos anticorpos IgM e IgC a partir da coleta da amostra de sangue.
Em caso de confirmação da doença, tanto a pessoa quanto quem esteve em contato com ela deve ficar em quarentena por 14 dias, com ou sem sintomas.
Em relação a viagens internacionais, a maior parte dos países que estão com as fronteiras abertas exigem a apresentação de teste RT-PCR realizado no máximo 48 horas antes do voo. Alguns aeroportos oferecem o serviço de exame para quem vai embarcar, com resultados prontos no mesmo dia e em alguns casos em até 4 horas.
Pequenos hábitos que ajudam a prevenir a contaminação pelo coronavírus
- Use máscara quando estiver em ambientes com outras pessoas ou ao andar na rua;
- Lave as mãos com frequência até a altura dos punhos, com água e sabão, ou higienize com álcool em gel 70%;
- Não toque em olhos, nariz, boca ou na máscara sem higienizar as mãos;
- Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e boca com lenço ou com a parte interna do cotovelo;
- Evite abraços, beijos e apertos de mão;
- Higienize o celular, brinquedos de crianças e outros objetos utilizados com frequência;
- Evite frequentar espaços fechados e com muitas pessoas.
Referências: Veja Saúde, WHO, Viva Bem
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