SÍNDROME DO PÂNICO: O QUE É E SINTOMAS

por Guido Boabaid
11/04/2023 01/04/2024

Síndrome do Pânico é um dos tipos do Transtorno de Ansiedade, chamada de ansiedade paroxística episódica. Assim, é uma doença que acontece de forma repentina e inesperada, caracterizada por crises de ansiedade agudas marcadas por muito medo e desespero.

Quem sofre de síndrome do pânico normalmente apresenta sintomas físicos e emocionais aterrorizantes, que chegam a intensidade máxima em até 10 minutos. O ataque de pânico costuma ter curta duração, mas a pessoa tem a sensação de que vai morrer ou que perdeu o controle de si mesma e vai enlouquecer.

Não existe uma idade para manifestar o transtorno. Porém, é mais comum manifestar-se durante a adolescência ou início da vida adulta, sem motivo aparente. A pessoa pode ter uma crise aleatoriamente, várias vezes no mesmo dia ou com espaços temporais de semanas ou até mesmo anos.

O fato das crises de pânico serem imprevisíveis, causa uma apreensão em quem sofre com o transtorno. Isso faz com que a pessoa fique em um estado de tensão e ansiedade devido ao medo de uma nova crise, sendo propício para o desenvolvimento de outras fobias.

Sintomas da síndrome do pânico

O transtorno mental da síndrome do pânico apresenta diversos sintomas físicos. Por isso, até obter-se o diagnóstico, pode ser confundido com outras enfermidades, como ataques cardíacos, hipoglicemia ou epilepsia.

Entre os sintomas estão:

– Medo de morrer;

– Medo de perder o controle e enlouquecer;

– Sensação de desligamento do mundo exterior, como se a pessoa estivesse vivendo um sonho

– Distorção na visão de mundo e de si mesmo que impede diferenciar a realidade da fantasia;

– Dor e/ou desconforto no peito que podem ser confundidos com os sinais do infarto;

– Palpitações e taquicardia;

– Sensação de falta de ar e de sufocamento;

– Sudorese;

– Náusea;

– Dor de estômago;

– Tontura ou vertigem;

– Ondas de calor e calafrios;

– Adormecimento e formigamentos;

– Tremores, abalos e estremecimentos.

Além disso, portadores da síndrome do pânico podem apresentar quadros depressão. Em alguns casos, podem buscar o alcoolismo como uma válvula de escape para aliviar as crises de ansiedade.

Tratamento para síndrome do pânico

Para um diagnóstico do transtorno, as crises precisam ser recorrentes e provocar modificações no comportamento da pessoa, de modo a interferir no dia a dia dela.

Portanto, o tratamento para síndrome do pânico inclui a prescrição de antidepressivos e psicoterapia.

Para escolha dos medicamentos, o teste farmacogenético pode ajudar o médico a escolher o fármaco e dosagens mais eficazes para o paciente. O exame analisa como os genes interferem no metabolismo, resposta e toxicidade dos medicamentos, indicando quais tendem a apresentar melhores resultados e quais oferecem mais risco de efeitos colaterais. Com isso, contribui para uma prescrição personalizada, mais efetiva e segura.

Em relação à psicoterapia, a terapia cognitivo-comportamental costuma ser a mais indicada. Ela utiliza a exposição a situações que provocam pânico de forma sistemática, gradual e controlada. Assim, o paciente pode aos poucos conseguir perder a sensibilidade diante do agente que desencadeia as crises.

Depoimento de quem sofreu por anos com a síndrome do pânico

Conviver com o transtorno da síndrome do pânico pode ser um desafio, pois afeta o cotidiano do paciente. Maicon enfrentou por 15 anos a doença, sem obter melhora nos sintomas.

Ele tinha crises severas e só foi obter melhora depois de um redirecionamento do tratamento com o teste farmacogenético. Confira o depoimento:

Como ajudar alguém com uma crise de pânico

Se você convive com alguém que enfrenta a síndrome do pânico, algumas dicas podem ser úteis para ajudar a controlar uma crise.

– Oriente a pessoa a prestar atenção à respiração, inspirando e expirando lentamente.

– Se for possível, tente leva-la para um espaço silencioso e tranquilo.

– Ajude-a a focar atualmente. Você pode trair a atenção dela para objetos presentes, fazendo com que ela veja e toque.

– Converse de maneira calma e acolhedora. Não diminua o sofrimento da pessoa, nem diga frases como “isso é coisa da sua cabeça”.

Referências: Portal Drauzio Varella

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